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assumir o governo provisório do Estado, conceder anistia plena às pessoas comprometidas
nos últimos acontecimentos e restabelecer a ordem . Ao monarca, dizia a mesma nota, muito
custava separar os dois jovens esposos, e ele só o fazia porque era forçado, para evitar os
perigos a que se exporia a princesa. Contra essa disposição rebelou-se d. Leopoldina. Pela
primeira vez ela se contrapunha à vontade do rei, declarando achar-se pronta para acompanhar
o príncipe, apesar da gravidez, e que nenhum poder do mundo a impediria de  embarcar em
qualquer calhambeque disponível, para ir encontrá-lo ou voltar à pátria .
D. Leopoldina temia ficar indefinidamente no Rio de Janeiro, como refém do sogro,
enquanto durasse em Lisboa o regime constitucional. Conhecia a situação da irmã, Maria
Luísa, e do duque de Reichstadt, o rei de Roma, filho de Napoleão, retido para sempre na
Áustria. Quando o decreto sobre a partida imediata de d. Pedro foi promulgado, d. Leopoldina
recusou-se terminantemente a obedecer, alegando que sua posição seria insustentável na
ausência do marido, ficando exposta à maledicência e à intriga. Alegava ainda a princesa que
os amigos da roda dele,  esposo excessivamente inclinado à desconfiança , aproveitariam
qualquer ensejo para prejudicá-la.
A princesa ameaçou o embaixador de seu país, Stürmer, dizendo estar disposta a
empregar todos os meios, até a insurreição, para acompanhar o marido:  Persuada-se de que,
se por influência sua e do conde de Palmela você não conseguir retardar a partida de meu
marido e fazer que eu o acompanhe, atrairá toda a minha cólera, todo o meu ódio, e de
qualquer modo virá a pagar-me . Com o apoio de d. Pedro, d. Leopoldina pediu a Schaffer,
um agente alemão que eventualmente lhe emprestava dinheiro, para providenciar uma
embarcação em condições tais que permitissem fazer o parto a bordo.
Tenha a bondade de fretar para mim sob o maior sigilo, para que nenhuma alma possa suspeitar de nada, um navio para a
partida iminente a Portugal, uma vez que meu marido precisa viajar dentro de três dias e eu devo ficar aqui por tempo
indeterminado por motivos que não posso mencionar. Por este motivo sou obrigada a procurar minha salvação na fuga,
legitimada pelo consentimento do meu marido.
2. O dia
26 de fevereiro
D. Pedro, no entanto, já não queria embarcar. Talvez instigado pelo conde dos Arcos, mas
também já articulado com as tropas portuguesas sediadas no Rio de Janeiro, ele preparava o
golpe de 26 de fevereiro de 1821. Em 23 de janeiro, d. Leopoldina confidenciara ao ministro
austríaco que o marido andava tão exaltado que ela receava um golpe de Estado. De todos os
lados, d. Pedro vinha recebendo estímulos para pôr-se à frente dos acontecimentos. A idéia de
que o príncipe, sobre o qual tinha grande influência, assumisse a Regência do reino do Brasil
era cara ao conde dos Arcos, que já vivia no país havia mais de vinte anos. É possível que
sobre o ânimo do herdeiro também tenha influído d. Carlota Joaquina.
D. Leopoldina contou à sua amiga Maria Graham que d. Pedro I tinha um medo enorme
da mãe, pois que, homem-feito, ainda era publicamente esbofeteado por ela. As relações
desses dois personagens tão peculiares de nossa história nunca foram muito investigadas. Só
há notícias de uma aproximação entre d. Carlota e o filho mais velho durante a crise do
começo de 1821, no Rio de Janeiro, quando ambos tinham o mesmo interesse: a volta do rei
para Portugal  idéia que encantava d. Carlota, ansiosa por ficar mais perto da Espanha e
quem sabe um dia tomar o lugar do odiado marido com o apoio do irmão, Fernando VII, rei
daquele país. Ela permaneceu durante toda a vida mais espanhola que portuguesa, nunca se
adaptando ao país de adoção.
A rebelião dos batalhões portugueses para fazer que d. João jurasse as bases da
Constituição portuguesa que se estava fazendo em Lisboa contou com a participação decisiva
de d. Pedro. Consultado pelos conspiradores, o príncipe não só aceitara colaborar como
garantira o juramento do pai. Avisado desde as duas da madrugada do que se passaria, d.
Pedro apareceu entre a tropa às cinco horas da manhã, quando a população já tinha acordado [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

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